Ser ou parecer ?! Eis a questão !

Em O Mito da Caverna de Platão, um grupo de prisioneiros esta confinado, desde o seu nascimento, no interior de uma caverna, acorrentados de tal forma que só conseguem olhar para frente e ver sombras na parede. Tais sombras são projeções de pessoas que por ali passam, fazendo com que os prisioneiros também ouçam os ecos das falas. Um dos prisioneiros consegue ao longo da narrativa se libertar das correntes e assim, pela primeira vez, contemplar algo além daquilo ao qual estava habituado, o mundo real. Atordoado, retorna à caverna para relatar o ocorrido aos seus antigos companheiros que por sua vez, não crêem no fugitivo e se recusando a serem libertados o matam.
Uma vez que as sombras são as únicas coisas que os prisioneiros vêem é natural que acreditem nelas como sendo a própria realidade. Esse duelo entre a essência e a aparência também pode ser visto no filme norte-americano Matrix e no conto O Espelho de Machado de Assis, aonde o “parecer” era mais importante do que o “ser” para o jovem alferes.
O Determinismo, doutrina de Hippolyte Taine que influenciou autores e pensadores de 1850 a 1880, definia o comportamento e o caráter humano como um reflexo da época, da raça e do meio ao qual se estava inserido. Mudou-se a época, mudaram-se as raças (aliás, hoje o conceito 'raça' é tido como incorreto pela biologia!) , mudou-se o meio e a teoria ainda é válida.

Hoje em dia, o mundo exige que as pessoas busquem freneticamente o sucesso, e que ao menor deslize devam ser punidos com o desprezo, dessa forma, quando a pessoa não é sensacional ou se não se enquadra em um padrão, é uma perdedora. (prefiro não comentar aonde me enquadro! ¬¬)
É comum as pessoas se adaptarem a visuais e atitudes atípicos de sua faixa-etária, gostos ou vertentes políticas, econômicas e religiosas a fim de agradar a familiares, amigos, grupo de convívio ou pela necessidade de garantir um emprego ou ainda a aceitação local.
Muitos parecem ser o que não são a ponto de se confundirem com a própria personalidade e transformarem o mundo em um local de aparências, aonde a representação vale mais do que a essência.
Nesse mundo de aparência e ostentação o dinheiro está sendo mais valorizado do que os sentimentos, as pessoas se conhecem, mas não se relacionam, trabalham e estudam , mas não se realizam e, principalmente, vivem sem se conhecer, esquecendo que tudo é temporário e negando a si mesmo aos outros e a aquilo que é real em prol de uma ilusão. (fica a dica!)

Flávia Alonso esta introspectiva essa semana devido aulas de evolução das ideias sociais assim como aulas de sociologia !
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07. Aprendi que perdoar exige muita prática. Que há muita gente que gosta de mim, mas não conseguem expressar isso.